25 de Abril

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Contra a Escola Pública Retalhada, pela Qualidade na Escola Pública




Depois de uma reunião com a Direcção Regional de Educação, pais, mães e encarregados(as) de educação de Miraflores (Oeiras) não mandam dizer por ninguém, comunicam o que pensam e exigem, a pensar na qualidade da Escola Pública:

A passagem das responsabilidades do Ministério da Educação para os municípios deverá começar a entrar em curso no próximo ano, pelo que esta associação já requereu uma reunião com a Divisão de Educação da Câmara Municipal de Oeiras onde serão colocadas as mesmas dúvidas.
A APEE da EBI de Miraflores mostrou-se expectante e apreensiva face à forma como irão ser implementadas as novas leis a partir de Setembro e, como tal, adverte os pais para a importância de as conhecerem e de reflectirem sobre as suas consequências: Estatuto da Carreira Docente e Avaliação do Desempenho dos Docentes (processo de que fomos afastados nesta escola); Estatuto do Aluno e Decreto-Lei 3/2008 (NEE); Novo Modelo de Gestão e de Autonomia (Lei 75/2008) e Municipalização do Ensino, as quais causarão alterações em todos os regulamentos da escola e na forma como a escola passará a ser gerida por lideranças com poderes reforçados.
Em todo este processo saudamos os professores dos nossos filhos que, suportando esta sobrecarga de leis e reformulações, com o consequente acréscimo de trabalho, ainda assim conseguiram levar o ano lectivo até ao final.

Como Pais e encarregados de educação, não poderemos – em consciência – deixar de procurar todos os meios ao nosso alcance para garantir uma escola pública de qualidade para os nossos filhos.
E, por isso, continuaremos a exigir junto das entidades responsáveis:

-
Análise das placas de amianto, que cobrem o ginásio, assegurada pelo Ministério da Educação, de forma a obter a garantia que a saúde dos nossos filhos está acautelada;
- Turmas com um máximo de 20 alunos, desde que integrem uma criança com necessidades educativas especiais, tal como vigorava na lei que o Governo alterou;
- Manutenção das respostas educativas para todas as crianças, incluindo as que têm necessidades educativas especiais, respostas que deve integrar um psicólogo, dado que as dificuldades sociais e familiares se reflectem na vida emocional de muitas crianças, impondo-se um acompanhamento psicológico;
- Professores contratados, vinculados à escola, da responsabilidade do ME, para assumir todas as disciplinas do Programa nacional da nossa Escola Pública, incluindo as disciplinas de inglês, educação física, música e outras áreas de expressão, em
vez de professores itinerantes contratados por empresas;
- Não queremos uma escola retalhada entre o ME, a autarquia e empresas privadas;
- Uma gestão escolar assente em órgãos democraticamente eleitos.

Para podermos debater este caderno de requisitos para o funcionamento cabal da escola dos nossos filhos e vermos os passos que poderemos dar no sentido de conseguir a sua garantia, propomos que, logo no início do próximo ano lectivo, se realize uma assembleia-geral de pais.

APEE da EBI de Miraflores, Junho/2008

Comunicado integral

sábado, 28 de junho de 2008

Alma Perdida

sexta-feira, 27 de junho de 2008

MARGINAL, MARGINAL... É O MINISTÉRIO


«Violência escolar é marginal»

Declarações da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, contrariam PGR

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considera que a violência nas escolas não é um fenómeno grave, conforme tinha referido o procurado-geral da República, Pinto Monteiro.

«A violência escolar é marginal, ocorre em menos de cinco por cento das escolas», disse a ministra em entrevista à Sic.

Nos últimos meses, Pinto Monteiro mostrou-se preocupado com a violência no meio escolar, afirmando mesmo que tem «elementos seguros de que há alunos que vão armados para as escolas», e acusou o Governo de «minimizar» a dimensão deste problema.

O Procurador-Geral da República, que seleccionou a violência escolar como uma prioridade de investigação, no âmbito da nova Lei de Política Criminal, considerou que «a violência escolar funciona, em alguns casos, como uma espécie de embrião para níveis mais graves de criminalidade».

O PGR defendeu então que seja «reforçada a autoridade dos professores e que os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas».

Mas esta está longe de ser a opinião da ministra. Em relação às declarações de Pinto Monteiro, Maria de Lurdes Rodrigues explica: «Um nunca disse que estava ofendida». No entanto, alerta que «o que é um risco é o excesso de criminalização de actos de indisciplina». No entanto, a ministra considera que «se estivermos perante um crime, a polícia deve entrar na escola».

De qualquer forma, e apesar de considerar a violência escolar como algo «marginal», Maria de Lurdes Rodrigues afirma: «Espero que não haja o sentimento de impunidade nas escolas».

In Portugal Diário.

COMENTÁRIO:
Como sempre, a Sra Ministra parece viver em Marte! Os professores deveriam tomar as mesmas decisões dos juízes de Santa Maria da Feira: fechar as escolas enquanto não estiverem asseguradas as condições de segurança e, tal como defende o PGR, não for «reforçada a autoridade dos professores» e tornar obrigatório que «os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas».

A minha crítica às teses de Matias Alves sobre a avaliação de professores

Tenho por Matias Alves estima e admiração profissional. Mas também divergências de fundo sobre a avaliação de professores. As 12 teses que Matias Alves postou no blog Terrear merecem-me algumas discordâncias.

Tese de Matias Alves - A obrigação de uma credível e consistente formação em avaliação de professores para avaliadores e avaliados (não esquecendo que quem "faz" a formação também é a relação formadores-formandos).

Crítica minha - Pois é, mas isso já não é possível porque a avaliação de desempenho começou antes da formação em avaliação de professores. A pressa e o voluntarismo da equipa do ME deitaram tudo a perder. Agora, andam a tentar remendar a situação com acções de formação feitas à pressa, no mês de Julho.

Tese de Matias Alves - O número de parâmetros deve poder ser substancialmente reduzido, devendo definir-se um número mínimo e permitir-se que as escolas escolham mais um nº y, em função do seu projecto e dinâmica.

Crítica minha - Isso seria piorar as coisas. Num sistema de ensino como o nosso, em que todos os professores concorrem entre si, obedecem a uma estatuto único e têm um patrão comum, o ME, deixar que as escolas, ou seja os directores, definam o número de parâmetros a avaliar seria introduzir maiores injustiças e desigualdades. A autonomia das escolas não passa por aí; passa sim por serem dotadas de maior liberdade organizativa e curricular.

Tese de Matias Alves - Os indicadores prescritos nas grelhas aprovadas devem ser dispensáveis podendo haver outros referentes mais globais e holísticos (as próprias grelhas são hoje mais um obstáculo do que uma ajuda, devendo ser abolido o seu uso obrigatório).

Crítica minha - Concordaria com Matias Alves se ele tivesse dito: "não há grelhas nem fichas impostas pelo ME, porque são desnecessárias". Defendo que a avaliação dos professores não deve ser feita por pares porque tal coisa desvia os professores da sua missão: ensinar. Então, como avaliar os professores? O processo de avaliação dos professores deveria ser incluído no processo de avaliação externa das escolas.

Tese de Matias Alves - A vantagem formadora de uma avaliação realizada por pares. Mas, para além da formação indispensável, é necessário gerar condições de confiança e caminhar no sentido de evitar que os avaliados sejam mais qualificados e competentes que os avaliadores.

Crítica minha - Não é possível gerar confiança numa avaliação feita por pares. É até errado falar-se em pares. Os directores não são pares dos professores. Oponho-me a que a avaliação dos professores seja feita pelos coordenadores de departamento porque tal coisa desvia os professors da sua missão: ensinar. Além do mais, cria situações de dependência que favorecem o silenciamento da liberdade de expressão nas escolas.

Tese de Matias Alves - O número de aulas a observar deve ser acordado entre avaliador e avaliado, em função de critérios a definir pelo conselho pedagógico da escola ou agrupamento (subentendo-se que pode haver circunstâncias em que não faça sentido a sua existência, como o Conselho Pedagógico deveria poder decidir.

Crítica minha - Se esta tese de Matias Alves fosse aceite, criar-se-ia uma enorme confusão nas escolas e a desigualdade e injustiça aumentariam exponencialmente. Considero que o recurso à assistência a aulas só deve fazer-se em duas circunstâncias: a pedido do avaliado ou para justificar as menções de Muito Bom e de Excelente. Em qualquer dos casos, a assistência às aulas deverá ser feita por personalidades externas à escola integradas no painel de avaliação externa da escola.

Há provas de exames que são pagas e outras que o não são

O Despacho n.º 17324/2008 de 26 de Junho fixa os valores a pagar aos professores correctores de provas exames do ensino público, particular ou cooperativo.
Mais uma vez, o Sr. Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, justifica através deste despacho que:
"No caso dos exames nacionais do ensino básico, estes só têm lugar em duas disciplinas — Língua Portuguesa e Matemática;
No ensino secundário, os exames nacionais são também provas de ingresso para candidatura ao ensino superior e, por vezes, assumem mesmo apenas esta função, pelo que poderão não ser exclusivamente considerados no âmbito das actividades dos professores do ensino secundário e dos seus deveres profissionais"
Ponto 1 – "a classificação das provas de exame do ensino básico não está sujeita a qualquer remuneração adicional por se inserir no domínio das tarefas a cumprir pelos professores no âmbito das actividades de ensino de que estão incumbidos e dos deveres a observar no exercício da actividade docente."
Ponto 2 – "Os professores que asseguram a classificação das provas de exame nacionais do ensino secundário referentes ao ano lectivo de 2007 -2008 têm direito à importância ilíquida de € 5 pela classificação de cada prova."
Ponto 3 – "Pela reapreciação de cada uma das provas, seja do ensino básico seja do ensino secundário, é devida a importância ilíquida de € 7,48."
Ponto 4 – "Aos especialistas que asseguram a análise e decisão das reclamações relativas às reapreciações a que se refere o número anterior é paga a importância ilíquida de € 14,96 por reclamação."
É interessante verificar que faz parte das tarefas de um professor corrigir exames do ensino básico sem ser remunerado.
Por outro lado, é difícil de compreender que a "correcção" do mesmo exame na fase de reapreciação já é remunerada.

José Marques

terça-feira, 24 de junho de 2008

Musica da Alma Perdida

domingo, 22 de junho de 2008

Números redondos




sexta-feira, 20 de junho de 2008

Entrevista:resultados das provas de aferição

Nuno Crato é o Presidente da Associação Portuguesa de Matemática. O que se segue é uma entrevista da Ministra da Educação dada à SIC no dia 18 de Junho. (AF)

SIC

Pergunto-lhe, Sra Ministra, se o Ministério anda a fazer exames mais fáceis ou se os alunos andam a estudar muito?

Maria de Lurdes RodriguesSabe, eu não me consigo pronunciar dessa forma tão superficial. Como também considero superficial dizer que o exame de hoje ou de ontem foi a sério e que as provas de aferição não são a sério. Sabe que é muito desmobilizador para os professores e para as escolas dizer que aquilo que é um trabalho em que eles investem, só porque ele tem resultados positivos não é a sério.

SICTenho muita pena mas, neste contexto, tenho que me socorrer de autoridades como o Professor Nuno Crato que diz que há exames de preparação que são ridiculamente simples - e a expressão é dele -; tenho que me socorrer da Associação Nacional de Pais que vai ao encontro também desta expressão; tenho que me socorrer de um alerta lançado pelo Professor Paulo Heytor Pinto, da Associação Nacional de Professores de Português que diz que os professores só estão a ensinar para os exemes…

Maria de Lurdes RodriguesBom! Cada um socorre-se do que quer, cada um faz as suas escolhas…

SIC

Estou a socorrer-me de fontes credíveis!

Maria de Lurdes RodriguesConcerteza, são as fontes credíveis para si. Para mim, fonte credível é o Ministério da Educação e o instituto que promove a realização dos exames e que o faz com todo o rigor e com todas as exigências. É muito fácil…

SIC

Não são fáceis demais…?

Maria de Lurdes RodriguesEu não me consigo pronunciar, sabe? O Sr consegue pronunciar-se, essas pessoas também. Eu não consigo pronunciar-me. Sabe porquê?

SIC

Eu não me lembro de os meus exames serem fáceis demais…

Sabe porquê?

Maria de Lurdes Rodrigues

SIC

… E acredito que quem a está a ouvir e a ver em casa também não tenha essa ideia.

Maria de Lurdes RodriguesNão… Eu gostava que me desse a oportunidade de responder. Já me fez três ou quatro perguntas e não me deu oportunidade de responder a nenhuma. Mas gostava de ter a oportunidade de responder, com toda a traquilidade, dizer-lhe o seguinte. O nível de complexidade de uma prova não se avalia assim pela opinião, pela sua opinião, a opinião dessas pessoas ou a minha. O nível de complexidade…

SIC

Por muito boas que essas pessoas sejam, no domínio das suas competências…

Maria de Lurdes RodriguesSe me permitir falar eu volto à SIC com toda a boa vontade. Mas se o Sr me interromper, não me deixar falar, não é possível esta entrevista.

SIC

Faça o favor.

Maria de Lurdes RodriguesBom! Que é que eu gostava de lhe dizer? Que o nível de complexidade de uma prova tem técnicas para ser avaliada. Não é a sua opinião, a opinião dessas pessoas ou a minha. O que conta, um dos principais indicadores que se usa, usam-se técnicas estatísticas para avaliar o nível de complexidade e uma das medidas mais simples é a curva de distribuição dos resultados. E quando apenas 5% dos alunos conseguem completar a totalidade de uma prova com êxito, isso diz tudo - ou diz alguma coisa - sobre a complexidade de uma prova. Foi o que aconteceu com todas estas que estão a ser feitas. As provas são calibradas e ajustadas ao nível de exigência daquilo que é o programa. Não é o nível de exigência que o Sr tem na cabeça ou que algum desses peritos tem na cabeça. É o nível de exigência do programa e isso é que é feito. Com todo o rigor e com toda a exigência.

SICEntão a Sra Ministra considera que estes especialistas estão a exigir demais?

Maria de Lurdes RodriguesDeixe-me acabar. Se não me deixa acabar, eu não consigo. O que eu considero é que

SICPermita-me lembrar-lhe, Sra Ministra isto não é um monólogo…

Maria de Lurdes RodriguesDeixe-me acabar.

SIC…E por isso eu pergunto-lhe, Sra Ministra, se na sua opinião estes especialistas estão a exigir demais?

Maria de Lurdes RodriguesDeixe-me acabar. O Sr já me fez essa pergunta e ainda não me deixou acabar a minha resposta. Primeiro…

SICPorque ainda não me respondeu.

Maria de Lurdes RodriguesPrimeiro ponto, o nível de complexidade de uma prova tem técnicas, não é uma questão de opinião, é uma questão de validação técnica, com recurso a técnicas estatísticas também. E essas pessoas, com a precipitação com que se pronunciaram, de certeza absoluta que não tiveram o rigor e exigência que pretendem para os outros. Depois…

SICEu diria que o Professor Nuno Crato é um reputadíssimo dominador do assunto.

Maria de Lurdes RodriguesDepois, eu gostava de lhe dizer que há uns quantos pessimistas de serviço neste país. Muito pessimista.

SICÉ o caso destas pessoas?

Maria de Lurdes RodriguesO que acontece é o país tem que estar sempre mal, e os alunos têm que ser empre maus. Quando os resultados são por si maus e revelam fragilidades nos conhecimentos e nas competências, aí está a prova que o país está mal.

SICOs pais também estão pessimistas, Sra Ministra?

Maria de Lurdes RodriguesQuando melhora, como o país não pode melhorar, são as provas que estão erradas. Mas isso faz parte…

SICInclui os pais nesse pessimismo, Sra Ministra?

Maria de Lurdes RodriguesNão incluo nada, estou-lhe a responder a si.

SICÉ que eu tenho aqui uma situação da Confederação Nacional das Associações de Pais a dizer assim, o seu Presidente a dizer assim: Está tudo bem com os alunos até chegarem ao primeiro ano da faculdade e ser o descalabro, porque não têm competências nem aprenderam a estudar sozinhos. São os pais que dizem.

Maria de Lurdes RodriguesConcerteza. Mas sabe, eu não me pronuncio, eu tenho obrigação de ser exigente. Eu não me pronuncio sobre opiniões. Eu pronuncio-me sobre testes técnicos que são feitos às provas, sobre documentação que é necessário exigir quando se faz uma prova de aferição. O Sr terá oportunidade, se quiser, de convidar o director do GAVE e ele explica-lhe o que é preciso, do ponto de vista técnico, para fazer uma técn… hum… uma prova e para avaliar o nível da sua complexidade. E portanto, isto não é uma questão de opinião. E devíamos ser mais cautelosos e mais respeitadores do trabalho que os professores e as escolas fazem. Porque essas pessoas, não as vi pronunciarem-se sobre: Plano Nacional de Laitura e mais horas de trabalho na área da leitura em todas as escolas; Plano de Acção da Matemática e mais horas de trabalho para a Matemática em todas as escolas; orientações claras sobre o tempo de trabalho tanto na Matemática como na Laitura em todas as escolas; formação contínua para milhares de professores, do 1º e do 2º ciclo, em Português e Matemática. Eu gostava que o Sr e essas suas fontes, se pronunciassem sobre factos concretos: sobre as horas de trabalho, que escolas e professores tiveram, neste ano para melhorar…

SICNeste caso, Sra Ministra, as pessoas pronunciam-se sobre aquilo que pode ser corrigido.

Maria de Lurdes RodriguesNão são fontes fidedignas, são opiniões.

SICSra Ministra, gostava de

Maria de Lurdes RodriguesGostava ainda de dizer-lhe uma coisa. O facto de muitos jovens àcerca do teste: que se sentem confortáveis, aliviados por terem passado um momento em relação ao qual

SICNão é só isso, eles disseram que é fácil.

Maria de Lurdes RodriguesO facto de eles dizerem que é fácil não significa que a prova seja fácil. Como lhe disse, a simplicidade ou a complexidade de uma prova tem técnicas específicas…

In “Ferrão.org

quinta-feira, 19 de junho de 2008

As engenharias na educação

Já algumas (muitas vezes) dissémos aqui que a ministra da educação pratica todos os dias o crime de condenar gerações a uma vida de dificuldades e um país à pobreza eterna. Isto parece exagero, mas aquilo que o ministério da educação faz é exactamente isso. E hoje vamos prová-lo com dados públicos.

O facto é que perante as acusações de andar a facilitar para ter bons resultados, a ministra continua a negar dizendo que está a obter as melhores classificações de todos os tempos a matemática. Isso parece inquestionável, mas de que matemática está ela a falar?
Pois bem, aqui o camarada Toni (por ter o filho mais velho envolvido em provas de aferição) foi investigar um pouco das provas de aferição que o Ministério da Educação da República Portuguesa realizou este ano e no ano anterior. Pois bem, este ano encontrou na prova do 2º ciclo (2º do preparatório, segundo indicação do camarada tourais) a seguinte questão(clicar para aumentar) para, imagino, que o ministério da educação avalie se os alunos do 2º ciclo sabem fazer contas com fracções a partir de um boneco.
Dir-me-á o camarada leitor que tudo isto lhe parece demasiado fácil para um(a) marmanjo que anda no 2º ano, já com barba quase a crescer ou soutien de copa C. E é, parece que o ministério anda mais à procura de ter bons resultados que aferir o que quer que seja. E até aqui só parece.
A ministra Maria de Lurdes pode sempre alegar que os técnicos (esses génios da ciência moderna conhecidos por revogar a lei de Lavoisier nos exames portugueses) acham que esta é a melhor forma de aferir os conhecimentos e que é completamente falso que se diga que o ministério anda à procura de bons resultados e não de educar quem quer que seja.
ωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωωω
Mas, sejamos um pouco mais inquisidores e vejamos a prova de aferição do 1º ciclo em 2007(4ª classe) que o camarada leitor poderá ver a questão 5 que para aqui copiámos(clicar para ampliar). Pois é, camarada leitor, o mesmo problema, com algumas variações,
servia em 2007 para aferir dos conhecimentos dos aliunos do 1º ciclo, não do 2º ciclo. Assim, este ano só se pedia nesta parte que os alunos do antigo 2º ano tivessem conhecimentos ao nível da 4ª classe.
E dir-me-á o camarada leitor “mas oh Toni, os tipos do 2º ciclo não devem saber as coisas do 1º ciclo” ao que aqui o camarada Toni responderá ao camarada leitor “oh, caramelo, quantas vezes na tua vida escolar tiveste essa balda?”.
O facto é que assim se demonstra que os serviços da ministra Maria de Lurdes andam a facilitar ostensivamente nas provas de matemática para que ela venha encher a boca com números que não correspondem à realidade do conhecimento dos miúdos.
Num blog sério, que não é claramente o nosso caso, estaríamos aqui a pedir a demissão da ministra que, como todos sabem, equivale a sair do ministério para um canto qualquer bem pago onde passará o resto da sua peqeunina vida profissional. Como não somos, mesmo um blog sério, quero o couro da gaja! Quero que seja condenada a uma vida de doméstica, com um lenço na cabeça a lavar chão de joelhos!
In “Tonibler

terça-feira, 17 de junho de 2008

Professor que nunca foi avaliado dispara ….



Interessante é ver como, em Portugal, um Professor que NUNCA FOI AVALIADO chega ao topo da Carreira Docente (Ministra da Educação!) e se põe a disparar contra os profs não avaliados…

Vejamos:


















A Drª Maria de Lurdes Rodrigues tirou o antigo 5º (5º! - actual 9º) ano e ingressou no Magistério Primário (naquele tempo eram dois anos de curso).

Deu aulas na Primária até se inscrever no ISCTE (com o 5ºano + 2 anos de Mag. Primário!).

Ao fim de 5 (CINCO) anos de estudos em curso nocturno, sai com um DOUTORAMENTO que lhe permitiu dar aulas (?!) no ISCTE, por acaso onde o sr. Engenheiro fez a pós-graduação (mestrado?) a seguir à ‘licenciatura’ da UNI.


Digam lá que não lhe deu um certo jeito nunca ser PROFESSORA AVALIADA!

Do outro lado da barricada, também era CONTRA a avaliação dos Professores, não era Drª Maria de Lurdes?

Pelo menos o seu ex-Professor Iturra diz que sim…e ainda nenhum ex-aluno veio aqui para os fóruns gabar-lhe os dotes docentes!

Não teremos mesmo melhor?

Os professores poderão lidar com os alunos como a Srª lida com os professores?

Exigir-lhes tudo ensinando pouco e com tão parco exemplo?

Teresa Soares
Centro Integrado de Formação de Professores
Universidade de Aveiro

Publicado por JoaoTilly



Publicado em by raiva em Junho 17th, 2008 Editar este Item


sexta-feira, 13 de junho de 2008

Já lhe tínhamos partido um salto alto da Vaidade com a "Licenciatura". A Irlanda partiu-lhe o outro. Já vai descalça, a Vigarista de Vilar de Maçada



Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


Reveja AQUI e acompanhe em directo AQUI

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Musica da Alma Perdida

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Isto deve querer dizer qualquer coisa


A dois dias do referendo ao Tratado de Lisboa, o “não” continua subir em todas as sondagens e pode mesmo ganhar a consulta popular na Irlanda. Como já tinha acontecido com a rejeição do Tratado Constitucional em França e na Holanda, o “não” cresce sempre à medida que o debate sobre o futuro da construção europeia vai crescendo de intensidade.

Não deve haver hoje matéria política, como o futuro da Europa, que evidencie uma maior ruptura entre as posições dos representantes políticos com a dos eleitores que os elegeram. Na Irlanda, apenas o Sinn Fein (um partido com 8%) apela ao voto “Não”. O mesmo tinha acontecido em França e na Holanda, onde a esmagadora maioria dos deputados defendia o “Sim” que acabou chumbado nas urnas.

Notícias como esta, sobre um comboio exclusivo para os deputados europeus fazerem a ligação entre Bruxelas e Estrasburgo, também devem ajudar a explicar alguma coisa (via Origem das Espécies).

Blog Zero de Conduta

sábado, 7 de junho de 2008

Alunos do Reino Unido sabem cada vez menos de Matemática



Académicos britânicos de renome acusam: o ensino da Matemática não vai bem e a substituição do rigor e da lógica matemática pela relevância e pela procura do interesse dos alunos só têm dado maus resultados. No Reino Unido, há uma grande controvérsia em torno dos métodos de ensino da Matemática. Os académicos têm criticado a escassa ênfase dedicada ao cálculo e às operações matemáticas simples. A verdade é que os alunos aprendem pouco de Matemática e os empregadores queixam-se de que os trabalhadores britânicos não sabem fazar operações matemáticas simples. Leia a notícia no Independent Online. Em Portugal é a mesma coisa. Desde que um grupo de tontos (e tontas) se apoderou, há mais de duas décadas, dos principais fóruns e grupos de trabalho sobre o ensino da Matemática, tem sido só a descer. É bem provável que já não se possa descer mais porque, provavelmente, já se bateu no fundo.

Para acabar com a...

Stavro Jabra
São precisos 12 mil milhões de Euros...

Canas, Lello e Companhia Lda


 “Canas e Lell Lda

"Há uma certa incomodidade ou mesmo incompreensão da nossa parte em relação a uma iniciativa que manifestamente é feita ou ignorando o PS ou contra o PS", referiu Vitalino Canas. “O socialista Manuel Alegre" mostrou uma “quebra de solidariedade” com o PS ao juntar-se ao Bloco, “desvinculando-se” dos socialistas.
A direcção socialista não perdoa Manuel Alegre pelas duras críticas que dirigiu ao Governo e ao partido e acusa-o de se "aliar à cruzada de quem quer derrotar o PS". "É um problema de carácter e atitude", declarou o secretário nacional, José Lello. Acusou-o ainda de “parasitar o grupo parlamentar” do PS, viajando às suas custas para lançar um livro nos Açores. (Viria a ser desmentido por Carlos César que afirmou que o livro tinha sido uma encomenda e a viagem paga pelo governo Regional.)

Não sou um admirador confesso do Manuel Alegre mas entendo perfeitamente o seu desespero. Vindo dos tempos da Luta contra o Regime Salazarento, sendo parte integrante da história de um Partido chamado de Socialista, ver naquilo que os Socretinos o transformaram deve ser difícil. Aturar esta gentinha a dizer o que dizem ainda mais. Um triste retrato daquilo que é actualmente o Partido Socialista.
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

sexta-feira, 6 de junho de 2008

As sondagens do ex-deputado socialista não dizem isto...


Photobucket

Nem dizem isto que se apresenta no gráfico seguinte.
Muito pelo contrário.
Onde é que está aqui reflectida a vitória segura do PS?
Photobucket

Porque será?
Até quando esse infame Oliveira Costa e a sua Eurosondagem socialista continuará a debitar informação manipulada aos portugueses?
Isto de fabricar resultados de pseudo-sondagens não dará prisão?

Não esquecer que o sr Rui de Oliveira Costa, convidado e comentadeiro residente da SIC para política e para futebol (!!!), ex-deputado socialista e membro da lista de honra de Mário Soares à presidencia, apresentava sempre o patrono Mário Soares à frente de Manuel Alegre, o que provocou protesto formal deste e a denúncia de que Oliveira Costa esteve sempre comprometido com o grupo de Soares, de que Sócras é o ex-delfim.

É esta a QUALIDADE de SONDAGENS que é encomendada pelas TVs e pelo EXPRESSO!!!!
Esta é a empresa a que recorrem as televisões para continuarem a sondar o povo.
Não há dúvida: tal é a categoria das sondagens como de quem as encomenda...

Publicado por JoaoTilly