Todos percebem que ao pagármos todos as portagens de um grupo específico da população que estamos a oferecer um subsídio indirecto a esse grupo.

Se por um lado concordo que deve haver redistribuição das zonas mais ricas para as mais pobres, um subsidio relativo a portagens não faz sentido uma vez que afecta apenas aqueles que mais têm. Esta medida em termos de redistribuição é extremamente ineficiente e a única justificativa racional que poderá existir é que benficia as empresas da região… mas apenas aquelas que têm custos significativos co portagens.

Pensando assim, esta medida é ineficiente e não equitativa.

Existe ainda uma última hipótese que me poderá convencer a subsidiar uma auto-estrada a um grupo especifico da população: Salva vidas. Se me disserem que a inexistência de Portagens numa auto-estrada reduz dramaticamente a sinistralidade nas estradas nacionais e que isso representa um número de vidas por ano, aí poderá ser uma medida desadequada mas com um fim mais adequado.

Por mais que não faça sentido, Sócrates fez uma promessa eleitoral e por mais que lhe custe deveria mantê-la. A decisão é boa mas, para mim, as promessas eleitorais são para manter.