Se todos puderem ser excelentes, o que está errado é a definição de excelência, afirmou hoje o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, justificando a fixação de quotas para a avaliação dos docentes. Leia o resto no Público Online.
Segundo um projecto de despacho que o ME vai apresentar aos sindicatos, as escolas vão poder atribuir um máximo de 10 por cento de classifições de"Excelente" e 25 por cento de "Muito Bom", mas só se tiverem nota máxima nos cinco domínios que compõem a avaliação externa.Na pior das hipóteses, com uma classificação de "Muito Bom" e quatro de "Bom" ou duas classificações de "Muito Bom", duas de "Bom" e uma de"Suficiente", as escolas poderão dar seis por cento de "Excelente" e 21 por cento de "Muito Bom" aos docentes avaliados. As escolas cujos resultados na avaliação externa sejam diferentes dos previstos no despacho, bem como as que não foram objecto de avaliação, poderão aplicar um máximo de 5 por cento de "Excelente" e 20 por cento de "Muito Bom", as percentagens mais baixas que estão previstas.
Comentário
Coloca-se o problema de um professor colocado numa escola com avaliação externa de excelente ter maior probabilidade de ser avaliado com excelente do que um professor colocado numa escola com avaliação de insuficiente. Na verdade, o mérito absoluto do professor não é tido em consideração. Sabendo nós que um dos parâmetros considerados na avaliação externa da escola é precisamente a taxa de sucesso escolar, podemos imaginar quais as consequências que isto vai produzir: aumento do facilitismo e das progressões automáticas. Com este passe de magia, é muito provável que termine administrativamente o insucesso escolar. Qual é a escola que vai querer ser penalizada pelo facto de reprovar alunos? Se arriscar, será penalizada nas quotas de excelente e de muito bom.
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