Reparem neste caso. Um caso verdadeiro que se está a passar numa escola secundária e, com certeza, se passa em muitas outras.
Uma professora de Biologia foi atingida por um tumor na mama. Teve de realizar uma cirurgia. Entrou de baixa. À cirurgia, vai seguir-se uma temporada de quimioterapia. O caso aconteceu na semana passada, a pouco mais de um mês do final do ano lectivo. Na escola dessa professora, existe uma docente contratada com um horário de 8 horas semanais. Num país normal, o horário da professora de Biologia, vítima de um temor, teria sido entregue à professora contratada com um horário de apenas 8 horas semanais. Se isso acontecesse, a professora contratada ficaria com um horário de 22 horas, os alunos teriam aulas e os restantes professores de Biologia não seriam obrigados a dar aulas de substituição a turmas que não são suas. Mas este país deixou de ser normal. O que aconteceu? Aconteceu aquilo que não acontece num país normal: a professora vitima de cancro não foi substituída pela colega contratada com horário de oito horas. Nem foi substituída por um professor desempregado. Como estamos a um mês do final do ano lectivo, a colega vítima de cancro tem tido as suas aulas leccionadas pelos outros professores de Biologia do quadro da escola que, para além de cumprirem o seu horário lectivo, ainda têm de leccionar as 14 horas lectivas semanais da colega ausente por doença. E o calvário vai continuar até ao final de Junho. Não dá para acreditar? Pois não, mas é verdade. Esta situação passa-se em centenas de escolas do país.
Nota: os colegas têm casos destes nas escolas? Querem relatar?
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