O Arlequim do Picasso, que neste caso é um arlequim mas também um Napoleão incompleto, como incompleto é o humanismo desta gente
Começo por dizer que ouvi partes do “Prós e Contras” de ontem e por isso me encontro ainda em estado de choque. Já bebi um bagacito, já tentei racionalizar aquilo que me vem à cabeça, já me distrai a pensar na imagem a colocar e ainda não me sinto suficientemente calmo para escrever aqui. A falta de vergonha, a desfaçatez daquela gente, perante a realidade é assombrosa. Da Fátinha ao Medina Carreira, passando pelo Basílio Horta e por uma tenebrosa velha carcaça que disse barbaridades, tudo aquilo foi um desfilar do capitalismo, do desprezo e desrespeito por todos nós. Safou-se um de Barbas, (que vim depois a saber ser um ex-deputado Europeu do PCP) que ainda disse uma ou duas mais acertadas e humanizadas. Aquela gente não presta, aquela gente não olha para nós como pessoas, somos coisas, números, instrumentos para seremos utilizados para lhes resolver os problemas deles. Cheguei a ouvir que a crise dos preços que atravessamos devia ser aproveitada para aprofundar ainda mais a lei do trabalho, que deveria ser ainda mais penalizante para quem trabalha. Ouvi dizer que não há capitalismo sem crises, mas que também é o único sistema capaz de as resolver, que não concordam com impostos sobre as grandes fortunas, mas defendem antes a solução de a saúde e educação passarem a ser pagas por quem dela necessita. Vi-os preocupados com a segurança, com a necessidade de a reforçar, como se muita da criminalidade não provenha exactamente da pobreza e da miséria que preconizam como necessária. A velhinha carcaça que lá estava, resolvia a crise esperando que ela passe, como se de um aguaceiro se tratasse. Quem não tiver abrigo, paciência, problema deles.
Esta gente não presta e tenho feito um esforço para não lhes chamar os nomes que merecem, mas nada garante que a mãe deles tenha tido alguma culpa. Esta gente não presta e é esta gente que quer determinar qual o país que devemos ter.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Começo por dizer que ouvi partes do “Prós e Contras” de ontem e por isso me encontro ainda em estado de choque. Já bebi um bagacito, já tentei racionalizar aquilo que me vem à cabeça, já me distrai a pensar na imagem a colocar e ainda não me sinto suficientemente calmo para escrever aqui. A falta de vergonha, a desfaçatez daquela gente, perante a realidade é assombrosa. Da Fátinha ao Medina Carreira, passando pelo Basílio Horta e por uma tenebrosa velha carcaça que disse barbaridades, tudo aquilo foi um desfilar do capitalismo, do desprezo e desrespeito por todos nós. Safou-se um de Barbas, (que vim depois a saber ser um ex-deputado Europeu do PCP) que ainda disse uma ou duas mais acertadas e humanizadas. Aquela gente não presta, aquela gente não olha para nós como pessoas, somos coisas, números, instrumentos para seremos utilizados para lhes resolver os problemas deles. Cheguei a ouvir que a crise dos preços que atravessamos devia ser aproveitada para aprofundar ainda mais a lei do trabalho, que deveria ser ainda mais penalizante para quem trabalha. Ouvi dizer que não há capitalismo sem crises, mas que também é o único sistema capaz de as resolver, que não concordam com impostos sobre as grandes fortunas, mas defendem antes a solução de a saúde e educação passarem a ser pagas por quem dela necessita. Vi-os preocupados com a segurança, com a necessidade de a reforçar, como se muita da criminalidade não provenha exactamente da pobreza e da miséria que preconizam como necessária. A velhinha carcaça que lá estava, resolvia a crise esperando que ela passe, como se de um aguaceiro se tratasse. Quem não tiver abrigo, paciência, problema deles.
Esta gente não presta e tenho feito um esforço para não lhes chamar os nomes que merecem, mas nada garante que a mãe deles tenha tido alguma culpa. Esta gente não presta e é esta gente que quer determinar qual o país que devemos ter.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
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