25 de Abril

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Exames do ensino básico vão ter meia hora de tolerância


Segundo o jornal Público, a medida é justificada pela necessidade de garantir igualdade de condições com as provas do secundário. O Ministério da Educação decidiu incluir nos testes nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática do 9.º ano um período de 30 minutos de tolerância em relação à duração normal de cada uma das provas. Em Janeiro, o ministério já havia decidido estender uma tolerância de meia hora aos exames do ensino secundário.

Comentário
O Público tem o pior jornal online de entre os media de referência. A maior parte das notícias que saem na edição em papel não tem links e, portanto, é inacessível online ou está reservada a assinantes. Tendo em conta que uma grande parte dos leitores do Público são professores, percebe-se a razão. Mas para aqueles que apostam decididamente nos novos media e que se recusam a comprar edições impressas, como é o meu caso, é uma má opção.
Esta equipa ministerial não pára um segundo. Estão em todo o lado, falam sobre tudo, legislam sobre todos os aspectos, mesmo os que não precisam de ser mudados, tudo regulamentam e inundam as escolas de normativos que fizeram da profissão de professor um calvário. Agora, são, de novo, os exames. Os alunos do 9º ano vão poder estar mais 30 m. na sala. Para a maioria será uma seca. Para os professores, mais trabalho e aumento de cargas horárias. Ser professor de Matemática tornou-se um calvário, neste país. Controlados por todos, pais, explicadores e inspectores, os professores de Matemática estão sujeitos a pressões horríveis e ainda por cima são acusados de serem os responsáveis pelo mau desempenho dos alunos. Ninguém é capaz de dizer a verdade: os alunos portugueses estudam pouco e esforçam-se ainda menos. E os pais dão cobertura à calanzice e estão sempre prontos a apontar o dedo aos professores! O mau desempenho na Matemática é um problema comum a todos os países do Sul da Europa. Por que será? Tenho para mim que a expulsão dos judeus, em Portugal, Espanha e Itália, no século XV, muito contribuiu para a fobia e o desinteresse dos portugueses pela Matemática.

In "Ramiro Marques"

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