
Por outro lado, este ano lectivo as escolas adoptarão um regime simplificado aplicado de forma universal, tendo em conta apenas quatro critérios: ficha de auto-avaliação, a assiduidade, o cumprimento do serviço distribuído e a participação em acções de formação contínua.
Quer neste ano lectivo, quer no próximo, as classificações de "regular" e "insuficiente" terão de ser confirmadas com nova avaliação, no ano lectivo seguinte, antes dos docentes sofrerem eventuais efeitos penalizadores. Leia o resto da notícia da Lusa .
Comentário meu
A ministra desdobra-se em entrevistas e declarações que não mudam uma vírgula à sua política. Continua a acusar os professores de chumbarem os alunos e faz o auto-elogio afirmando que foi ela quem pôs os professores mais tempo nas escolas. Cada vez que a ministra fala, os professores ficam indignados e zangados. Há uma sensação generalizada de mal-estar. Um mal-estar contra o Governo e o ambiente nas escolas, mas também alguma incomodidade face aos sindicatos. Não se percebe qual é a estratégia dos sindicatos. Vão esperar até Junho de 2009 para reiniciar a luta? Até lá, os professores devem aceitar a aplicação do Decreto Regulamentar 2/2008? Ou será que os sindicatos vão associar uma atitude negocial (afinal conseguiram ter lugar numa comissão paritária que vai acompanhar a aplicação do modelo de avaliação de desempenho...) a uma posição beligerante, mantendo a pressão dos professores contra a política educativa do Governo? E como é que se vai expressar essa pressão dos professores durante o próximo ano lectivo? Resistência passiva nas escolas à aplicação do Decreto Regulamentar 2/2008? Novas mega marchas em Lisboa? O silêncio dos sindicatos face a estas questões não pode continuar, sob pena de os professores começarem a ter razões para pensarem que foram traídos.
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