Na reunião do Secretariado Nacional da FENPROF, realizada ontem à tarde, foi decidido rejeitar completamente o modelo de gestão escolar imposto pelo Decreto-Lei nº 75/2008 de 27 de Abril.
A FENPROF emitiu um comunicado em que considera "que este modelo de gestão escolar cerceia aspectos fundamentais de exercício da autonomia pelas escolas e liquida espaços de participação democrática da comunidade escolar."
Para a FENPROF, o director, pelas competências que lhe são cometidas, pelo poder que lhe é atribuído e pela sua dependência política directa do Ministro da Educação, que o pode demitir, assume, realmente, um papel de extensão da administração educativa dentro das escolas.
Por essas razões, a FENPROF declinou o convite para emitir um parecer sobre um projecto de portaria que fixa as regras do concurso para director.
Entende a FENPROF que um tal projecto de portaria:
1. Não resolve o problema que subjaz a um sistema misto de selecção do director (procedimento concursal e eleição por colégio de representantes), copiado do que foi adoptado pelo regime experimental previsto no Decreto-Lei nº 172/91, de 10 de Maio e que tantas críticas mereceu, designadamente por parte do conselho de acompanhamento e avaliação criado para o efeito e, por isso, foi abandonado;
2. Confirma a falta de clareza e transparência do próprio modelo de selecção, já antes levantada pela FENPROF.
3. Assenta em princípios que se rejeitam, concretizados em aspectos como a possibilidade de um docente do ensino privado poder dirigir um estabelecimento público de ensino.
Na opinião da FENPROF, este modelo foi construído com o objectivo de liquidar a gestão democrática das escolas e qualquer laivo que dela ainda restasse no Decreto-Lei nº 115/-A/98, de 4 de Maio.
25 de Abril
sábado, 31 de maio de 2008
ME prepara projecto de portaria que fixa as regras do concurso para director
Édipo e Quimera
Vi esta imagem e não sei porquê apeteceu-me fazê-la. Édipos, Quimeras e Esfinges, podem nada dizer nem nada representar nada. Pode não passar de uma imagem que me apeteceu fazer, mas se me apeteceu deve ter alguma razão. Está feita.
Já agora aproveito o “vazio” deste post para colocar este mail que recebi.
O Primeiro-ministro José Sócrates num momento de alucinação dirigindo-se a Francisco Louçã disse: ' Você não tem idade nem curriculum ...'.
Uma boa piada, diz o jornalista do Portugal Diário! Eu fui à Internet verificar o curriculum e não resisto a publicar:
Actividade política:
*Louçã, nasceu em 12 de Novembro de 1956. Participou na luta contra a Ditadura e a Guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso em Dezembro de 1972 com apenas 16 anos e libertado de Caxias sob caução, aderindo à LCI/PSR em 1972 e em 1999 fundou o Bloco de Esquerda. Foi eleito deputado em 1999 e reeleito em 2002 e 2005. É membro das comissões de economia e finanças e antes comissão de liberdades, direitos e garantias. Foi candidato presidencial em 2006.
Actividades académicas:
Frequentou a escola em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996.
Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).
Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; 'referee' para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.).
Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.
Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).
Em 2005, foi convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.
Terminou em Agosto um livro sobre 'The Years of High Econometrics' que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra.
Obras publicadas:
Ensaios políticos
Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)
Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)
A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)
A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)
A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)
Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)
Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)
The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes
Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)
Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)
Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)
Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)
As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005)
* Fonte Wikipédia
Sobre sócrates, sabe-se que é engenheiro civil tirado na Universidade Independente, ainda sob suspeita de ilegalidades. Que assinava como Engenheiro quando era Engenheiro-Técnico. Que elaborou ou pelo menos assinou uns projectos de habitação caricatos. Que a sua actividade política se deu com o 25 de Abril na JSD/PSD e depois no PS como deputado e como governante. Do seu curriculum sabe-se ainda (embora ele o desconhecesse) que teve uma incursão fugaz como empresário-sócio de uma empresa de venda de combustíveis.
Quanto a curriculuns estamos conversados! Quanto à idade devem ter diferença de meses...
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Tanta parra para tão pouca uva: a propósito das quotas de excelente e muito bom
De todas as leituras que já fiz da legislação já publicada (Decreto Lei 15/2007) não encontro razões para que nos preocupemos com excelentes e muito bons.
Se lerem bem os artigos do ECD que se referem à avaliação de desempenho, está bem expresso que estas classificações só servem para chegar mais depressa aonde?
À prova pública para concorrer a titular.
O que está lá escrito é que reduz em quatro, três ou dois anos o tempo mínimo de serviço docente exigido para efeitos de acesso à categoria de professor titular.
Ou seja, em vez de concorrer a titular com 18 anos de serviço, poderão concorrer com 14, 15 ou 16 anos.
Mas, não garante vaga!!!!!
Logo, só interessa aos mais novos e se, ...
Por isso, para quê guerras?
Por vaidade?
Porque achamos que já agora deixa-me mostrar que sou melhor que o outro?
Isso é dar trunfos a quem nos governa e tanta importância dá a isto.
O prémio de desempenho será igual ao do Pessoal não docente?
Um salário?
Será que vale a pena tanta guerra?
A minha preocupação é a de garantir que os intrumentos de registo e os indicadores de medida aprovados na minha escola garantam que todo o professor "normal" tenha BOM.
Lá se vai o peixe
Secretário de estado adjunto da educação justifica quotas de excelente e muito bom
Regras para destacamentos e requisições no ano de 2008/09
Resumo do Despacho n.º 14939, de 29.Mai.2008, que fixa as regras e os procedimentos para os destacamentos e requisições:
A autorização de requisição ou de destacamento de educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário obedece ao seguinte procedimento:
Os pedidos de requisição ou de destacamento são apresentados através de uma aplicação electrónica da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação, disponibilizada na sua página;
O docente objecto de requisição ou destacamento acede à aplicação electrónica para preenchimento dos seus dados pessoais e profissionais;
O docente extrai da aplicação o formulário preenchido com os dados introduzidos, remetendo-o à entidade que solicita a requisição ou destacamento do docente para preenchimento dos restantes campos e autenticação do respectivo pedido;
A entidade proponente, após o preenchimento, remete o respectivo formulário para o agrupamento ou escola não agrupada a cujo quadro o docente pertence ou está afecto;
O agrupamento de escolas ou escola não agrupada procede à verificação e introdução na aplicação electrónica dos dados constantes do formulário recebido, registando o parecer do agrupamento ou escola não agrupada sobre o pedido solicitado. Caso se trate de docente provido na categoria de professor titular, o parecer só poderá ser favorável quando a mobilidade solicitada não implicar a necessidade da sua substituição por nomeação de outro, em comissão de serviço, para o exercício das funções que no âmbito do ECD lhe são cometidas;
Será disponibilizado na página da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação o Manual de Instruções, onde constarão, em maior detalhe, todos os procedimentos e prazos a observar;
O procedimento relativo à requisição ou destacamento decorre a partir do dia 1 de Maio e terá de estar concluído em 30 de Junho de cada ano;
A decisão é proferida, na própria aplicação electrónica, pelos serviços do Ministério da Educação, a saber: secretaria -geral do ME, DGIDC e DREs
Concluído o processo, os docentes terão acesso ao respectivo verbete, que configura a transposição informática dos elementos inseridos no formulário, ficando assim notificados do seu teor;
O agrupamento de escolas ou escola não agrupada e a entidade proponente tomarão conhecimento da decisão proferida através das listas nominais a disponibilizar na página da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Incompetente
Se não está em condições de acabar com as classes mais desfavorecidas, ou seja com os dois milhões de pobres que por ai andam e para apoiar a classe média, a quem os sucessivos governos tem pedido todos os sacrifícios e utilizado para resolver todos os problemas, então é melhor ir-se embora e dar o lugar a quem tenha respostas. Foram vocês que com as vossas politicas, com as vossas ideias económicas que abriram a porta á entrada de toda esta insensibilidade social, a toda esta especulação. Pior, a receita que nos dão é a de manter tudo na mesma, ou seja na ladeira descendente da pobreza. Somos o país com mais desigualdade social, somos o que menos crescemos, a média de endividamento dos portugueses é de 129%, e tudo, tudo piora e vocês vêm dizer que nada podem fazer. Rua, peçam desculpa, e vão embora para não mais voltarem.
Docentes do ensino português no estrangeiro sujeitos a procedimentos ilegais de avaliação
A FENPROF exigiu ao Ministério da Educação, em ofício dirigido ao Secretário de Estado Adjunto e da Educação, a imediata suspensão do processo de avaliação dos docentes em exercício de funções no Ensino Português no Estrangeiro (EPE), devendo a renovação de contratos ter lugar em moldes idênticos aos do ano transacto. Exigiu, ainda, a abertura de um processo negocial com vista à aprovação de um modelo de avaliação próprio para os docentes do EPE, que tenha em conta as características específicas do seu trabalho e as condições em que se desenvolve.
Na reunião realizada no passado dia 23 de Maio, com o ME, a FENPROF solicitou informação sobre a forma como, aos docentes que exercem funções no estrangeiro, se colocava a questão da avaliação e as naturais consequências no que se refere à renovação dos seus contratos. Sabia-se que em França estava a ser exigido o preenchimento de uma ficha avaliação, sendo que se desconhecia se tal correspondia, ou não, a orientação ministerial.
O Secretário de Estado Adjunto e da Educação limitou-se a informar que tais dúvidas estariam ultrapassadas, tendo sido emitidas orientações suas para as coordenações educativas.
Soube-se agora, por intermédio dos serviços educativos de Embaixadas Portuguesas na Europa, que as orientações terão sido estabelecidas através de “NORMA INFORMATIVA regulamentadora do processo de emissão do Parecer Fundamentado necessário à aprovação das propostas de renovação de contratos de serviço docente” emitida pelo Gabinete do SEAE.
Para além do bizarrismo do instrumento “legal” utilizado, tal norma discrimina negativamente os docentes do EPE ao aplicar-lhes procedimentos que, em Portugal, este ano, não se aplicam aos professores. Por exemplo:
1. Exige que se considere o grau de cumprimento do serviço distribuído, tendo por referência os prazos e objectivos estabelecidos para a sua prossecução, quando, como se sabe, este ano não houve lugar, nem haverá, ao estabelecimento de objectivos, como esclarece o Decreto Regulamentar n.º 11/2008, de 23 de Maio, no seu artigo 2.º, número 3;
2. Exige a adopção de procedimentos que não se prevêem no Memorando de Entendimento, subscrito pelo ME e as organizações sindicais em 17 de Abril, p.p., designadamente ao exigir a consideração dos seguintes itens de avaliação:
2.1 – Como se desenrolou ao longo do ano a preparação e organização das actividades lectivas;
2.2 – Como se realizaram as actividades lectivas;
2.3 – Como era a relação pedagógica com os alunos;
2.4 – Como era efectuada a avaliação das aprendizagens dos alunos.
3. Na sequência da “Norma Informativa Regulamentadora”, emitida pelo SEAE, foram elaboradas grelhas de avaliação que chegam a ser absurdas e põem em causa a autonomia profissional dos docentes;
4. São, igualmente, exigidos documentos, tais como “planificação anual”, “planificação de unidade referente à planificação anual”, “planificação de aula com material didáctico produzido pelo docente”, “1.º teste de avaliação, referente às planificações anteriores, acompanhado de critérios de correcção, matriz e grelha de correcção”; “teste final do 1.º semestre, da mesma turma anterior, acompanhado dos mesmos instrumentos”; “uma acta de reunião com encarregados de educação”, “projecto de actividade ou visita de estudo, acompanhado da estimativa de custos e avaliação da actividade”. Tudo isto até ao próximo sábado, dia 31 de Maio, no caso da Alemanha.
5. Está, ainda, a exigir-se a apreciação dos pais e encarregados de educação sobre o trabalho de cada docente que, de acordo com o malfadado ECD imposto pelo ME aos professores, é de carácter opcional, mesmo considerando o regime completo de avaliação de desempenho aprovado pelo Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro, e o Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro.
FENPROF reúne amanhã com o ME para discussão do despacho sobre cotas de avaliação
A FENPROF reúne com o Ministério da Educação na próxima 6ª feira, dia 30 de Maio, a partir das 17.30 horas. Esta reunião tem por objectivo a negociação do projecto de despacho sobre as cotas de avaliação, bem como a realização de uma, "consulta" (expressão do ME) sobre o projecto de portaria relativa ao procedimento concursal para o cargo de director.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
OS MEDOS DOS PROFESSORES
. o nível salarial;
Na obra, a autora faz uma análise dos principais medos dos professores em contexto escolar com base num estudo de campo com entrevistas informais a uma amostra de 208 docentes de vários níveis de ensino.
De acordo com Lusa (2008-05-27), a autora apresenta os sete principais medos dos professores, destacando-se como o maior o de cariz económico, nomeadamente o medo do salário não permitir satisfazer as necessidades pessoais e familiares, logo seguido de um outro mais ao nível pedagógico e que se prende com o receio do professor não saber lidar com a desmotivação escolar dos jovens.
Os professores não entendem porque é que muitos dos alunos não prestam atenção aos que lhes é ensinado nas aulas e tal incompreensão fá-los temer não saber lidar com a situação.
Para que os alunos se motivem, escreve a autora, os professores também precisam de estar motivados contribuindo assim para o seu sucesso pessoal e para a sua realização profissional.
O terceiro medo com a média de respostas mais elevada está relacionado com a indisciplina e é o medo de o professor ter alunos violentos. Este medo constitui, na actualidade, o principal factor de mal-estar para muitos professores, uma vez que nos últimos anos tem havido um aumento da frequência e da gravidade das situações de violência nas escolas e de indisciplina dos alunos na sala de aula. O medo de ter alunos violentos prender-se-á também a aspectos ligados ao sexo do professor: uma professora poderá ter mais inibições a este nível por questões físicas.
Segundo a autora, o quarto medo está relacionado com assuntos mais específicos da gestão ministerial da profissão, nomeadamente com a possibilidade de os professores virem a dar aulas numa escola muito longe de casa. Este medo está principalmente patente nos professores em início de carreira ou que ainda não conseguiram efectivar-se perto de casa. Associado a este medo encontra-se a diminuição da comodidade do professor e o aumento das suas despesas.
O quinto medo volta a ligar-se à temática da indisciplina: os docentes receiam não saber lidar com alunos violentos. O peso deste medo tem vindo a ser destacado por vários estudos. Neste caso, escreve a autora, já não é só o "ter" os alunos violentos, mas saber lidar com essa mesma violência.
Segundo Luísa Cristina Fernandes, a superação do medo da indisciplina e de alunos violentos, tendo tanta importância para o bem-estar do corpo docente, poderia ser mais efectiva através de uma formação adequada, quer antes de o professor começar a leccionar, quer durante o exercício das suas funções. A formação, acrescenta, poderia contribuir para os professores aprenderem a trabalhar em equipa e, assim, terem no grupo profissional um suporte e um mecanismo de "coping" para as suas dificuldades.
Os docentes têm ainda medo de ter algum esgotamento derivado da profissão e de lhes ser atribuído um horário zero (sem componente lectiva). Este último aspecto preocupa cada vez mais os professores portugueses, uma vez que o número de adolescentes e jovens tem vindo a diminuir na sociedade portuguesa.
Mesmo professores efectivos há muitos anos temem acabar por ter de assumir funções de outra índole que não pedagógica (como por exemplo funções administrativas) por falta de alunos e de turmas para leccionar.
Todo o texto pode ser conferido também em Educare.pt
Contra a prova de avaliação de conhecimentos e competências para ingresso na carreira
Exmos Senhores Deputados
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Exma Senhora
MINISTRA DA EDUCAÇÃO
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Sou um professor cujo percurso académico, devidamente acreditado e certificado pelo governo, me permitiu obter a qualificação profissional para a docência.
Com a aprovação e publicação do Decreto Regulamentar n.º 3/2008, de 21 de Janeiro, confronta-me agora o actual governo com o facto de a minha entrada/continuidade na profissão e carreira docentes passar a estar dependente da prévia aprovação numa designada "prova de avaliação de conhecimentos e competências".
Do preâmbulo do referido diploma e do discurso oficial dos responsáveis do Ministério da Educação, tal medida apoia-se em desconfianças em relação à qualidade da formação inicial de professores conferida pelas instituições de ensino superior. O que não é aceitável, repudio e recuso, é que seja sobre os professores que recaiam as consequências dessa desconfiança — precisamente aqueles que, como eu, estudaram e se profissionalizaram nessas instituições e nelas cumpriram com tudo o que lhes foi exigido, confiando na qualidade dos cursos que frequentaram, conferida, aliás, pelo governo através de acreditação e certificação.
A alegada falta de qualidade da formação inicial de professores justificaria, antes, uma intervenção inspectiva e de acompanhamento das instituições de ensino superior e não a penalização dos professores já profissionalizados, apagando-se, na hora e meia de duração da dita prova, todo um percurso profissional e de formação qualificante!
Além disso, uma vez que esta prova afasta da profissão e carreira docentes todo aquele que não obtenha, no mesmo ano e em chamada única, uma classificação mínima de 14 valores (no máximo de 20) em qualquer das suas duas ou três componentes, ela traduz-se, no plano do concreto, na imposição de um novo requisito habilitacional, criado ao arrepio da Lei de Bases do Sistema Educativo em vigor, designadamente o seu artigo 34º, n.º 1.
Aliás, estou também plenamente convicto que esta prova, dado o seu cariz marcadamente eliminatório, não mais visa do que iludir, perante a opinião pública, as elevadas taxas de desemprego docente, o que considero corresponder a um repugnante exercício de deturpação estatística.
Face ao exposto, defendo a revogação imediata do Decreto Regulamentar n.º 3/2008, de 21 de Janeiro, bem como a alteração da redacção dos artigos 2º e 22º do Estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo Decreto-lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro, que lhe deram origem
terça-feira, 27 de maio de 2008
Raça de gente
Começo por dizer que ouvi partes do “Prós e Contras” de ontem e por isso me encontro ainda em estado de choque. Já bebi um bagacito, já tentei racionalizar aquilo que me vem à cabeça, já me distrai a pensar na imagem a colocar e ainda não me sinto suficientemente calmo para escrever aqui. A falta de vergonha, a desfaçatez daquela gente, perante a realidade é assombrosa. Da Fátinha ao Medina Carreira, passando pelo Basílio Horta e por uma tenebrosa velha carcaça que disse barbaridades, tudo aquilo foi um desfilar do capitalismo, do desprezo e desrespeito por todos nós. Safou-se um de Barbas, (que vim depois a saber ser um ex-deputado Europeu do PCP) que ainda disse uma ou duas mais acertadas e humanizadas. Aquela gente não presta, aquela gente não olha para nós como pessoas, somos coisas, números, instrumentos para seremos utilizados para lhes resolver os problemas deles. Cheguei a ouvir que a crise dos preços que atravessamos devia ser aproveitada para aprofundar ainda mais a lei do trabalho, que deveria ser ainda mais penalizante para quem trabalha. Ouvi dizer que não há capitalismo sem crises, mas que também é o único sistema capaz de as resolver, que não concordam com impostos sobre as grandes fortunas, mas defendem antes a solução de a saúde e educação passarem a ser pagas por quem dela necessita. Vi-os preocupados com a segurança, com a necessidade de a reforçar, como se muita da criminalidade não provenha exactamente da pobreza e da miséria que preconizam como necessária. A velhinha carcaça que lá estava, resolvia a crise esperando que ela passe, como se de um aguaceiro se tratasse. Quem não tiver abrigo, paciência, problema deles.
Esta gente não presta e tenho feito um esforço para não lhes chamar os nomes que merecem, mas nada garante que a mãe deles tenha tido alguma culpa. Esta gente não presta e é esta gente que quer determinar qual o país que devemos ter.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Os professores dos CEF estão proibidos de adoecer
Francisca
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Ao que isto chegou: os professores estão proibidos de adoecer
Uma ideologia pedagógica cheia de ideias erradas
Essa ideologia pedagógica assenta em várias ideias erradas:
1.A ideia de que existe uma oposição entre ensinar competências e ensinar conteúdos: consideram que a primeira posição é mais válida que a segunda.
2.A ideia de que o único ensino válido é o que "imita a vida", ou seja, que está profundamente ligado à experiência de vida das crianças e dos jovens.
3.A ideia de que as tarefas de repetição, prática e treino supervisionado não têm valor pedagógico e, portanto, devem ser evitadas na escola.
4.A ideia de que as crianças têm sempre razão e de que a culpa pelos seus fracassos cabe sempre aos professores.
5.A ideia de que se pode ensinar tudo através do jogo e sem o apelo ao esforço.
6.A ideia de que a aprendizagem pode e deve ser sempre divertida e lúdica.
domingo, 25 de maio de 2008
10 dicas para o coordenador de departamento
1.recoheça o sucesso dos colegas
2.partilhe com eles as coisas boas e associe-os na celebração das vitórias
3.em caso de fracasso, seja o primeiro a assumir as responsabilidades
4.dê apoio preferencial aos colegas com dificuldades
5.dê coragem aos colegas e mostre que acredita nas capacidades deles
6.seja justo e revele equidade nos actos
7.mostre que se preocupa com o bem-estar dos colegas
8.evite formular juízos de valor negativos sobre colegas; ao invês, limite-se a descrever, com objectividade, as situações
9.mostre interesse pelo trabalho dos colegas
10.mostre-se disponível para ouvir os colegas
Socialista de Meia-tigela
QUEIXAS AO PROVEDOR DE JUSTIÇA
Portugueses queixam-se cada vez mais do Estado
Justiça, Finanças e Administração Pública, Trabalho e Solidariedade Social e Educação são os Ministérios mais reclamados
Os portugueses apresentaram 10.021 reclamações ao Provedor de Justiça no ano passado, um aumento de 22% face a 2006. O mais reclamado é o Ministério da Justiça.
Os dados constam do relatório anual sobre a actividade do Provedor de Justiça, Henrique Nascimento Rodrigues, que foi enviado à Assembleia da República.
A administração central do Estado concentrou 60% de todas as acusações, cerca de 4.215 queixas, das quais o Ministério da Justiça concentra 1.025. O Ministério das Finanças e da Administração Pública surge a seguir com 847, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social conta com 595 e o Ministério da Educação com 544.
O relatório destaca ainda um elevado número de queixas relativas ao emprego público, nomeadamente de docentes, já que estes deram início a um quarto dos processos, devido ao concurso de ingresso na Categoria de Professor Titular.
[...]
Salários de miséria nas AEC
sábado, 24 de maio de 2008
Reunião da comissão paritária denuncia atropelos ao processo de avaliação em algumas escolas
A FENPROF exigiu que se estabelecessem regras de funcionamento desta comissão (actas, periodicidade, natureza das reuniões, articulação com o conselho científico para a avaliação do desempenho, acesso aos documentos elaborados pelas escolas e pelo conselho), tendo sido decidida a elaboração de um regulamento de funcionamento a ser aprovado em próxima reunião.
Sobre avaliação do desempenho, a FENPROF colocou um conjunto de situações excessivas, abusivas, irregulares e/ou ilegais que estão a surgir em diversas escolas e que chegaram ao conhecimento da FENPROF através do "Mail Verde" criado precisamente para esse efeito. São situações absolutamente inaceitáveis, algumas aberrantes, e que depois da simplificação de procedimentos acordada em sede de "Memorando de Entendimento", vertidas para o Decreto Regulamentar n.º 11/2008, hoje publicado em Diário da República, muitas têm carácter ilegal. Se é verdade que a maioria das escolas parece estar a agir, de facto, de forma simples e em conformidade com o processo previsto, outras há em que:
- se impõem calendários para a fixação de objectivos de avaliação, quando esse procedimento não está previsto para este ano;
- se exigem portefólios e/ou dossiers contendo planificações e materiais utilizados não se percebendo bem para que efeito;
- se observam aulas, apesar de o novo quadro legal ter anulado tal procedimento;
- se prevê, como instrumento de avaliação, a apreciação escrita dos alunos sobre o desempenho dos docentes;
- se pretende classificar a autoavaliação dos docentes...
Denunciada foi, também, a tentativa de penalização, em algumas escolas, de docentes que faltaram ao serviço por motivos legalmente protegidos (gravidez de risco, maternidade, greve, participação em reuniões sindicais, serviço oficial da escola e/ou do ME, participação em visitas de estudo?), que seriam alvo de discriminação na aplicação do item "cumprimento do serviço distribuído". A FENPROF contestou, ainda, o facto de haver penalização de docentes que, pela natureza da sua função, não podem compensar ou permutar serviço não cumprido.
Mais "papistas do que o papa" há escolas que estão a adoptar uma grelha de 13 páginas, que circula on-line, para avaliação do procedimento "cumprimento do serviço distribuído". A FENPROF quis saber se tal grelha era do conhecimento e/ou da responsabilidade do ME, o que foi negado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação, que esteve presente e não só se revelou surpreendido, como se demarcou de tal pretenso instrumento de avaliação.
Da parte do ME ficou, ainda, claro que da autoavaliação não decorre qualquer possibilidade de classificação de docentes e que procedimentos como "fixação de objectivos", "observação de aulas" ou "apreciação pelos alunos" são ilegais tendo de ser corrigidos. Leia mais na Página Web da FENPROF.
Jorge Pedreira reafirmou que não aceita alterar as fichas de avaliação do ME
Mário Nogueira reafirmou que considera o modelo das grelhas de avaliação "desadequado".
"São fichas mal feitas, por quem não percebe nada de avaliação de professores e de avaliação de desempenho, que contêm erros técnicos e científicos, mas mais importante são fichas em que o Ministério da Educação não quer mexer", disse o dirigente sindical, que acrescentou que a sua aplicação no próximo ano terá consequências "extremamente negativas".
Em declarações aos jornalistas, Jorge Pedreira deixou claro que não havia, à partida para esta reunião, qualquer intenção por parte do ministério de fazer alterações às fichas ou de alargar as negociações.
"A negociação já estava concluída, era [preciso] apenas alguns ajustamentos da parte do ministério. Ainda que algumas associações sindicais pretendessem voltar a discutir tudo desde o início, o ministério não esteve disponível para isso", declarou Jorge Pedreira.
O (ir)racional das Scuts
Todos percebem que ao pagármos todos as portagens de um grupo específico da população que estamos a oferecer um subsídio indirecto a esse grupo.
Se por um lado concordo que deve haver redistribuição das zonas mais ricas para as mais pobres, um subsidio relativo a portagens não faz sentido uma vez que afecta apenas aqueles que mais têm. Esta medida em termos de redistribuição é extremamente ineficiente e a única justificativa racional que poderá existir é que benficia as empresas da região… mas apenas aquelas que têm custos significativos co portagens.
Pensando assim, esta medida é ineficiente e não equitativa.
Existe ainda uma última hipótese que me poderá convencer a subsidiar uma auto-estrada a um grupo especifico da população: Salva vidas. Se me disserem que a inexistência de Portagens numa auto-estrada reduz dramaticamente a sinistralidade nas estradas nacionais e que isso representa um número de vidas por ano, aí poderá ser uma medida desadequada mas com um fim mais adequado.
Por mais que não faça sentido, Sócrates fez uma promessa eleitoral e por mais que lhe custe deveria mantê-la. A decisão é boa mas, para mim, as promessas eleitorais são para manter.
SPM emite parecer negativo face ao conteúdo das provas de aferição
O parecer da SPM destaca dois problemas: "Em primeiro lugar, os enunciados contêm um número exagerado de questões demasiado elementares. Mesmo com estas questões, os resultados têm sido maus. Imagina-se que poderiam ser bastante piores se os enunciados fossem mais exigentes. Em segundo lugar, os enunciados têm pecado por um vício pedagógico: não se centram em questões relacionadas com os algoritmos e os conceitos básicos que os alunos deveriam dominar, mas sim em aplicações diversas, com questões em que a interpretação e a conjectura sobre os pressupostos assumem um papel excessivo. Infelizmente, é a ultrapassada teoria da “aprendizagem em contexto” e do “ensino organizado em competências” que está a ser exageradamente aplicada, tal como está a ser exagerada a importância da “comunicação matemática”, em detrimento dos conteúdos curriculares preciso".
sexta-feira, 23 de maio de 2008
SIMPLEX, O AUTÊNTICO!
A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) também está preocupada com o "número exagerado de questões demasiado elementares". "Mesmo assim os resultados têm sido maus. Imagina-se que poderiam ser bastante piores, se os enunciados fossem mais exigentes", lê-se num parecer da SPM.
... teste (de Português) que começa com um anúncio de venda de um cão e pergunta aos alunos: "Qual é a intenção de quem colocou o anúncio?" in Metro, 23 Maio, pág. 3.
Eis é o modelo Simplex, o autêntico, para o sucesso educativo.
Como funcionam os Centros Novas Oportunidades?
Os Centros Novas Oportunidades organizam a sua intervenção de acordo com as seguintes etapas:
Acolhimento – Consiste no atendimento e na inscrição do adulto num centro, pressupondo o esclarecimento acerca das diferentes fases do processo a realizar, bem como da possibilidade de encaminhamento para ofertas educativas e formativas ou para o processo de RVCC.
Diagnóstico – Implica a realização de uma análise do perfil do adulto, com o objectivo de proceder à identificação das respostas mais adequadas, tendo em conta o diagnóstico efectuado.
Encaminhamento – Tendo em conta o diagnóstico efectuado, visa direccionar o adulto para a resposta mais adequada, que poderá consistir no desenvolvimento de percursos de educação e formação exteriores ao centro ou na realização de um processo de RVCC.
Reconhecimento de competências – Tem em vista a identificação, pelo adulto, dos saberes e das competências que adquiriu ao longo da vida, através de um conjunto de actividades, assentes na metodologia de balanço de competências e na utilização de instrumentos diversificados de avaliação. O adulto evidencia as competências adquiridas, através da construção de um Portefólio Reflexivo de Aprendizagens, de modo a permitir a validação das mesmas, tendo em conta os referenciais constantes do Catálogo Nacional de Qualificações, para efeitos do RVCC.
Validação das competências – Compreende a auto-avaliação do Portefólio Reflexivo de Aprendizagens, em articulação com a avaliação dos profissionais de reconhecimento e validação de competências e dos formadores das respectivas áreas de competências-chave.
Formação – No caso de, no decurso do processo de reconhecimento e validação de competências, terem sido identificadas necessidades de formação, pode proceder-se de duas formas. No caso de o adulto necessitar de acções de formação com uma duração superior a 50 horas, deve realizá-las em entidades formadoras exteriores ao Centros Novas Oportunidades. No caso de precisar de acções de formação até 50 horas, inclusive, estas podem ser realizadas nos centros.
Certificação das competências – Pressupõe a apresentação perante um júri de certificação, que atribui uma certificação ao adulto, no caso de lhe serem reconhecidas as competências-chave necessárias para uma determinada qualificação, em conformidade com os referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações. Nestas circunstâncias, a certificação de competências dará origem à emissão de um certificado de qualificações, conferindo igualmente um diploma de qualificação, se o referido processo conduzir à obtenção de um nível de escolaridade.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Fusão dos 1º CEB e 2º CEB contraria as cartas escolares
António Mendes (CDU) reagia a declarações do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que ontem apontou para a próxima legislatura a eventual fusão dos 1º e 2º ciclos desde que assegurado um "razoável consenso" para a concretização da medida.
"Em que país vivo? Há muitos municípios com cartas educativas aprovadas e homologadas pelo Ministério da Educação, com centros escolares concebidos apenas para acolherem salas do pré-escolar e do primeiro ciclo", disse, questionando o sentido de se "gastarem milhões sem sabermos muito bem o que estamos a fazer". Leia o resto no Público Online.
O rosto da precariedade e da injustiça
Quando saíram do autocarro da Câmara de Loures, após uma visita de estudo, muitos dos alunos da EB1 de Frielas acenaram a Fernando Oliveira. "Olha o professor de Ginástica."
Há duas semanas Fernando Oliveira – que assegurava a Educação Física e o transporte das crianças da escola para a associação Cantinho da Pequenada, local onde são realizadas as actividades de enriquecimento curricular – foi informado da sua dispensa. "Disseram-me que não me relacionava bem com os pais, o que não é verdade", relata o docente, que auferia 435 euros por 12 horas semanais (a recibos verdes). Agora distribui fruta.
A opinião dos pais sobre Fernando Oliveira é positiva. "Não concordo com a saída dele. Só entregava as crianças quando os pais chegavam, o que era bom", salientaEdite Santos, mãe de uma aluna. Isabel Lousa refere que nos últimos dias a neta, do 3º ano, passa a hora da ginástica "a fazer desenhos". "Vai chateada para casa por não ter a disciplina", diz.
A responsável da associação Cantinho da Pequenada, Patrícia Ventura, recusa explicar os motivos do despedimento e informar se as crianças estão a ter Educação Física. "Informei quem devia informar", afirma.
Celina do Adro, presidente do Agrupamento de Escolas João Villaret, refere que a maior preocupação "é que o professor fosse rapidamente substituído". A responsável adianta que "não foi dito nada de desfavorável sobre o professor, tenho pena de que as crianças tenham ficado sem o técnico", até porque havia actividades programadas para o final do ano lectivo.
Sobre o protocolo com a associação Cantinho da Pequenada, Celina do Adro frisa que "tem de ser cumprido". Fonte da Câmara de Loures informa que já foram contratados dois professores, mas que uma das docentes lesionou-se e que os alunos da tarde não tiveram aulas esta semana. Fernando Oliveira é recebido pelo vereador da Educação na quarta-feira.
In Correio da Manhã de hoje.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Alterações nas Actividades de Enriquecimento Curricular
3.O apoio ao estudo é obrigatoriamente oferecido pelo agrupamento de escola e não é alvo de comparticipação financeira.
4.O tempo de serviço prestado pelos professores no âmbito destas actividades conta para efeitos de concurso de docentes, desde que tenham as qualificações profissionais para a docência da actividade.
5.Em relação aos docentes, fica ainda definido o valor mínimo das remunerações por hora lectiva, de acordo com as habilitações dos professores.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Alterações nas Actividades de Enriquecimento Curricular
3.O apoio ao estudo é obrigatoriamente oferecido pelo agrupamento de escola e não é alvo de comparticipação financeira.
4.O tempo de serviço prestado pelos professores no âmbito destas actividades conta para efeitos de concurso de docentes, desde que tenham as qualificações profissionais para a docência da actividade.
5.Em relação aos docentes, fica ainda definido o valor mínimo das remunerações por hora lectiva, de acordo com as habilitações dos professores.
Coitadinhas das crianças: ficam traumatizadas por transitarem da escola do 1º CEB para a escola do 2º CEB. Alguém acredita?
A titular da pasta da Educação admite a possibilidade de fundir o 1º e o 2º ciclos do Ensino Básico, tal como foi preconizado por um estudo pedido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Maria de Lurdes Rodrigues afirma, em declarações à Renascença, que o Ministério está a estudar o tema e reconhece as queixas dos pais sobre a mudança brusca na transição de ciclos, mas lembra que a melhoria da articulação dos ciclos de ensino está a ser trabalhada. Leia o resto.
Comentário
Eu não tinha dito? Ora leiam os meus posts anteriores. É claro que a ministra da educação vai apanhar a boleia do Relatório do CNE e, como eu já avisara há algum tempo, está a preparar a criação do professor generalista para os seis primeiros anos de escolaridade. Essa preparação já tem dois anos. O primeiro passo foi a publicação do decreto lei 43/2007 de 22 de Fevereiro, que traça o quadro das habilitações profissionais para a docência. Esse diploma aponta para a criação de um perfil 4 que se destina a formar o professor generalista para os seis primeiros anos de escolaridade. Não há coincidências. Tudo está a ser preparado ou não fosse a ministra da educação especialista em sociologia das profissões. É claro que uma medida com efeitos tão graves não pode ser tomada a doze meses das eleições. É por isso que a ministra da educação diz que essa medida só será tomada mais tarde. Reparem que a ministra da educação justifica a fusão dos ciclos com a ideia de que as crianças saem prejudicadas com a "brusca" transição do 1º CEB para o 2º CEB. Onde é que estão os estudos empíricos que corroboram essa tese? Simplesmente não existem. E se existisssem estudos sérios, o mais provável é que provassem o contrário. Regra geral a transição da escola do 1º CEB para a escola do 2º CEB é vista pelas crianças e pelos pais como um desafio interessante e enriquecedor. Uma etapa importante no processo de crescimento e de conquista da autonomia. Aquilo que tenho visto é a excitação e a alegria no rosto das crianças ao entrararem na nova escola. Por favor, arranjem justificações mais plausíveis ou digam a verdade: com o professor generalista nos 5º e 6º anos, vão poupar-se milhões de euros em salários.
Um retrato da escola portuguesa ou como os políticos têm vindo a destruir o currículo escolar
Onde estão as melhores escolas do mundo?
Claro! Está certo! Em... Portugal
Ora vejamos com atenção o exemplo de uma vulgar turma do 7º ano de escolaridade, ou seja, ensino básico.
Disciplinas e áreas curriculares não disciplinares
1. Língua Portuguesa
2. História
3. Língua Estrangeira I - Inglês
4. Língua Estrangeira II - Francês (ou outra)
5. Matemática
6. Ciências Naturais
7. Ciências Físico-Químicas
8. Geografia
9. Educação Física
10. Educação Visual
11. Educação Tecnológica
12. Educação Moral e Religiosa Católica (facultativa)
13. Estudo Acompanhado
14. Área de Projecto
15. Formação Cívica
É isso! Contaram bem! - São 15
Carga horária = 36 tempos lectivos
A Escola ainda:
Integra alunos com diferentes tipologias e graus de deficiência, apesar de os professores não terem formação específica para isso;
Integra alunos com Necessidades Educativas de Carácter Prolongado de toda a espécie e feitio, apesar de os professores não terem formação específica para isso;
Tem o dever de criar outras opções para superar dificuldades dos alunos, como:
* Currículos Alternativos
* Percursos Escolares Próprios
* Percursos Curriculares Alternativos
* Cursos de Educação e Formação
Mas há mais....
A escola ainda tem o dever de sensibilizar ou formar os alunos nos mais variados domínios:
* Educação sexual
* Prevenção rodoviária
* Promoção da saúde, higiene, boas práticas alimentares, etc.
* Preservação do meio ambiente
* Prevenção da toxicodependência
* Etc, etc...
Não foram os professores que criaram esta aberração curricular. Foram os políticos que nos têm (des)governado. É por isso que o ME é o principal responsável pelo insucesso escolar dos alunos. Com um curriculo tão aberrante como este ainda me admiro como é que há tantos bons alunos. Imaginem o que seria se o currículo escolar for adequado. O que tem valido é o bom senso e o profissionalismo dos professores. Fazem milagres com um currículo destes e com a instabilidade curricular e pedagógica constante a que o ME obriga as escolas.
Retrato da infância em Portugal: um país pobre onde as crianças estão entre os mais pobres
Estação Ferroviaria do Norte, em Valência. Se quiser ver as fotos dos jardins de Valência, clique aqui.
160 minutos é o tempo que um rapaz português, na faixa etária dos 10 aos 14 anos, despende a ver televisão que é, aliás, a principal fonte de entretenimento das crianças portuguesas.
12245 menores viviam, em 2006, em instituições de acolhimento. Nesse mesmo ano, o número de crianças acompanhadas pelas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens era de 25209. Portugal regista o triste recorde de ser o país europeu com mais mortes de crianças vítimas de violência familiar ou por morte violenta indeterminada (3.7 em cada cem mil).
23% de pobreza registada entre as crianças portuguesas, o que representa uma taxa mais elevada do que a da população adulta (21%).
1,6 milhões de crianças entre os zero e os 14 anos, em Portugal, no ano de 2005, o que significa uma diminuição de 39% em 24 anos.
Comentário
Portugal está a transformar-se num país de velhos, de pobres, de poucos muito ricos e de jovens com elevadas habilitações sem trabalho ou com trabalhos precários e a recibo verde.
Bem pode Sócrates e o seu inenarrável ministro da economia, andarem por aí a tecer loas às suas políticas! A realidade do país é cada vez mais triste. O investimento recua, a inflacção sobre, os salários dos trabalhadores descem e os vencimentos dos gestores de topo sobem. Portugal é o país onde os vencimentos dos gestores de topo das grandes empresas é 30 vezes superior ao salário médio nacional.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Horst Köhler - Colapso do sistema financeiro
O sistema financeiro mundial está à beira do colapso. | ![]() |
- Presidente do Partido Cristão Democrata Alemão CDU,
- Presidente do Fundo Monetário Internacional,
- Ministro alemão das Finanças,
- Presidente da Associação Alemã dos Bancos de Aforro,
- Presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
Outras declarações de Horst Köhler:
- Os mercados foram incapazes de resolver o problema por si próprios.
- O mundo financeiro desgraçou-se sozinho.
- Gostava de ouvir um mea culpa alto e bom som da parte dos bancos .
- Os honorários dos gestores financeiros são bizarramente elevados.
- A complexidade excessiva dos produtos financeiros e a possiblidade de multiplicar desmesuradamente o capital à custa de pequenos investimentos iniciais deram origem ao monstro.
Fonte: Der Spiegel
domingo, 18 de maio de 2008
1300 ténicos de formação a recibos verdes
Depois de o Expresso ter denunciado a existência de 1300 técnicos de formação ligados ao Programa Novas Oportunidades com salários em atraso desde Março e a recibo verde, a ministra da educação veio a público defender a sua dama: diz ela que vai falar com o ministro das finançs para resolver o problema.
Ficámos a saber que os técnicos de formação que fazem parte do Programa, que é a jóia da coroa do Governo, andam a ser pagos a recibo verde. E foi preciso um jornal de referência deunciar a situação para que o problema venha a ser resolvido.
sábado, 17 de maio de 2008
Professores descontentes com a profissao
Quase 44% dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, ontem apresentado no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP).
"O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos", disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.
João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, "quase 80% dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores". "Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código".
O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do Ensino Básico e do Secundário e que João Ruivo considerou "marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990", revela ainda que 61% não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.
Para além disso, mais de 90% revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.
Dos resultados obtidos foi também possível concluir que "a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos".
Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.
Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro "Ser Professor Satisfação Profissional e Papel das Organizações de Docentes", será enviado ao Ministério da Educação "pela sua utilidade, importância e relevo".
In JN de hoje
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Como de costume - mais um caso meramente pontual...
‘Professor, vou-te partir os óculos!’
A atitude repete-se e começa a ser preocupante: "Professor, vou-te partir os óculos!" Ao ouvir a frase, proferida por um aluno de 12 anos, do 1º Ciclo da Escola Básica Integrada de Pereira, em Montemor-o-Velho, o docente ainda conseguiu virar-se, mas não a tempo de evitar o estrago.
'Já estava a dobrar os óculos com as mãos', contou ontem ao CM o professor, que pediu para não ser identificado, lembrando que não é a única vítima do rapaz com necessidades educativas especiais. Há pelo menos cinco casos. O aluno ataca sobretudo os óculos de docentes e funcionários. Uma das últimas vítimas foi uma 'colega que me substituiu', em Outubro de 2007, diz o docente. Após uma repreensão, por agredir outras crianças, 'arrancou-lhe os óculos da cara com uma mão e atirou-os ao chão', conta uma testemunha. Como não se partiram e a professora os recolocou na cara, 'arrancou-os novamente e esmigalhou-os com as próprias mãos'. No mesmo dia, 'atirou também ao chão os óculos de dois técnicos que prestam apoio a crianças com necessidades educativas especiais. Não se partiram, mas sofreram danos e tiveram arranjo'.
O primeiro caso registado data de 2 de Outubro de 2007 e o lesado foi um professor que já não se encontra na escola. Recentemente, 'retirou os óculos da cara a outra colega, mas por sorte não se partiram'. E também já destruiu os seus próprios óculos por duas vezes.
Sempre que destrói um par e a vítima aparece com uns novos, é normal o aluno reagir, em tom de gozo. 'Ó professora, tens uns óculos muito sexy!', recorda uma das docentes.
Alguns funcionários já escondem os óculos antes de entrar numa sala onde o rapaz esteja ou quando se cruzam com ele. 'Mal o vejo, tiro-os logo. Ele é muito rápido e quando damos conta já estão na mão dele a ser dobrados', explicou um docente.
PROFESSORES TÊM DE PAGAR A DESPESA
As vítimas dos ataques do aluno criticam o facto de terem de suportar os prejuízos. Segundo uma das docentes, o seguro escolar não cobre este tipo de danos e a mãe da criança 'diz que não está para pagar óculos a ninguém'. O professor que denunciou o caso acusa a encarregada de educação de não assumir a responsabilidade pelos actos do filho e de o ter 'induzido em erro', no sentido de prestar à companhia de seguros 'declarações que não correspondiam à verdade, referindo que se tratou de um acidente'.
A seguradora recusou pagar os estragos. 'A mãe desliga-me o telefone quando a contacto e ainda diz que a estou a importunar', refere o professor. Outra docente, que sofreu um prejuízo de 400 euros, alerta para a necessidade de alguém ter de pagar os danos.
AGRUPAMENTO AFIRMA QUE NADA TEM A DIZER
Uma responsável do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho escusou-se ontem a comentar o comportamento do estudante, limitando-se apenas a afirmar: 'Nada tenho a dizer sobre isso. O assunto tem sido resolvido.' A Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), contactada pelo CM, não se pronunciou sobre esta questão até à hora do fecho desta edição. Os professores entendem que o Ministério da Educação – ou algum dos organismos dele dependentes – têm de fazer alguma coisa para prevenir os ataques do rapaz, mas sobretudo para que os prejuízos sejam pagos aos lesados.
DETALHES
Puxão de Cabelos
Um par de óculos foi partido depois de o menor ser repreendido por ter puxado os cabelos a uma colega.
Falta de cobertura
O seguro escolar não cobre este tipo de situações. Segundo as vítimas, a legislação não contempla o pagamento de óculos.
Outras vítimas
Antes só partia os dos docentes, mas o menor já danificou os seus próprios óculos e partiu, por duas vezes, os de uma colega.
Powerpoint sobre a avaliação simplificada
quinta-feira, 15 de maio de 2008
PROTESTO NACIONAL
MANIFESTAÇÃO REGIONAL - PROTESTO NACIONAL
Évora, 15h, Praça do Giraldo
Faro, 15h, Escola Secundária João de Deus(cancelado)
Lisboa, 15h, Alto do Parque Eduardo VII
Coimbra, 15h, Praça da República
Porto, 15h, Praça D.João I
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Exames do ensino básico vão ter meia hora de tolerância
Segundo o jornal Público, a medida é justificada pela necessidade de garantir igualdade de condições com as provas do secundário. O Ministério da Educação decidiu incluir nos testes nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática do 9.º ano um período de 30 minutos de tolerância em relação à duração normal de cada uma das provas. Em Janeiro, o ministério já havia decidido estender uma tolerância de meia hora aos exames do ensino secundário.
Comentário
O Público tem o pior jornal online de entre os media de referência. A maior parte das notícias que saem na edição em papel não tem links e, portanto, é inacessível online ou está reservada a assinantes. Tendo em conta que uma grande parte dos leitores do Público são professores, percebe-se a razão. Mas para aqueles que apostam decididamente nos novos media e que se recusam a comprar edições impressas, como é o meu caso, é uma má opção.
Esta equipa ministerial não pára um segundo. Estão em todo o lado, falam sobre tudo, legislam sobre todos os aspectos, mesmo os que não precisam de ser mudados, tudo regulamentam e inundam as escolas de normativos que fizeram da profissão de professor um calvário. Agora, são, de novo, os exames. Os alunos do 9º ano vão poder estar mais 30 m. na sala. Para a maioria será uma seca. Para os professores, mais trabalho e aumento de cargas horárias. Ser professor de Matemática tornou-se um calvário, neste país. Controlados por todos, pais, explicadores e inspectores, os professores de Matemática estão sujeitos a pressões horríveis e ainda por cima são acusados de serem os responsáveis pelo mau desempenho dos alunos. Ninguém é capaz de dizer a verdade: os alunos portugueses estudam pouco e esforçam-se ainda menos. E os pais dão cobertura à calanzice e estão sempre prontos a apontar o dedo aos professores! O mau desempenho na Matemática é um problema comum a todos os países do Sul da Europa. Por que será? Tenho para mim que a expulsão dos judeus, em Portugal, Espanha e Itália, no século XV, muito contribuiu para a fobia e o desinteresse dos portugueses pela Matemática.
In "Ramiro Marques"
Uma ficha incrível de avaliação dos professores pelos pais
Uma ficha incrível de avaliação dos professores pelos pais
Esta é demais! Vejam aqui uma ficha sobre a avaliação dos professores pelos pais! Como é que foi possível um conselho pedagógico ter aprovado uma coisa destas? Será que os professores perderam o juízo? Ou estão tão exaustos que desistiram de lutar contra as injustiças?
Reparem bem nestas três pérolas:
1.elogia o aluno com clareza e de modo proporcionado?
2.critica o aluno com clareza e de modo proporcionado?
3.os trabalhos dos alunos são analisados, discutidos e avaliados?
Como é que é possível os professores aceitarem ser avaliados pelos pais com uma ficha destas? E os sindicatos não dizem nada? Não me restam dúvidas que o processo de transformação dos professores em empregados domésticos dos pais está em fase acelerada de concretização. Os pais e os alunos perderam o respeito pelos professores, limitando-se a seguir uma atitude de apoucamento e de menorização que o ME inaugurou vai para três anos. Quando se perde o respeito, é muito difícil voltar a ter autoridade.